Vamos ao tema de hoje: as "paixões". Pelo time do coração, pela banda preferida, pelo namorado, pela sandália carérrima que você acabou de comprar, pela mãe, pela matemática[é isso aí, sempre existe uma exceção], enfim, as coisas que amamos não importa de que jeito.
De vez em quando me pego pensando o que leva alguém a gostar tanto de uma coisa que não parece tão encantadora assim se vista por outros olhos. Não consegui chegar a conclusão nenhuma, e se alguém souber, que avise por favor.
Mas o pior disso tudo, é que justamente essas coisas que tanto amamos acabam gerando alguma briga, ou no mínimo uma discussão. Acho que o exemplo mais conhecido de todos é a "santa ignorância" feminina em relação a maior paixão masculina, um jogo com onze caras suados correndo atrás de uma bola em cima de um gramado [leia-se: futebol]. Por que será que ainda resistimos, e tentamos tirar esse vício da cabeça deles? Por que não aceitamos definitivamente a companhia dos tal onze caras nas tardes de domingo com o namorado? Simplismente porque não vemos que graça tem aquilo, não entendemos a indecifrável lógica dos gramados, e então a batalha começa.
Mas se por um lado nunca desistimos da luta anti-futebol, por outro a gente se revolta quando eles perguntam "pra que tanto sapato, se você só tem dois pés?" A resposta é a mais óbvia [e intolerante possível], porque simplismente precisamos de opções na hora de escolher. Aí a briga se inverte, e passamos pro lado da defesa, tentando inutilmente explicar a nossa absoluta e feminina paixão por sapatos.
Se formos analisar bem os dois lados da briga pra se chegar em alguma resposta, o máximo que vamos conseguir é uma trégua, onde não questionamos as paixões alheias. Porque afinal, paixão é igual nariz, cada um tem o seu, e prefere que ninguém fique perguntando os motivos dele estar ali.
Beijo beijo ;*
Há 11 anos